julho 11, 2008

Uma grande gratidão...

Por vezes esperamos uma vida inteira por algo que parece tardar em chegar. Uma esmola do Senhor, uma luz divina que nos ilumine e nos dê um pouquinho de sorte, um pouco de amor daquele alguém que parece inalcançável...uma graça do Destino. O que a maior parte das pessoas ainda não percebeu é que... toda a felicidade possível e imaginária vem de nós. De dentro de cada um. Não estou, como é claro, a fazer a apologia da solidão: mas na solidão cada um pode encontrar dos tesouros mais preciosos que possui. Ao contrário do que eu imaginava (quando pensei encontrar na solidão a intensidade necessária a momentos marcantes e bem vividos) na solidão e na oração eu encontrei a calma, a serenidade. O mediano. O meio termo. Aquilo que, originalmente, eu odeio. Que não sou ou tenciono ser, alguma vez.
Como não o entendera antes? Nela eu encontrei o meio de equilíbrio essencial. Até porque (confesso) recorro a ela bastantes vezes. Cada vez mais frequentemente e inesperadamente...e também cada vez mais injustificadamente...muitas vezes as pessoas à minha volta não o entendem, eu sei. Mas se percebessem como é essencial e urgente, por vezes...
Talvez porque necessito não só de equilíbrio, mas também de riqueza. Riqueza que tenho encontrado nos outros (sem dúvida) mas que na grande maioria das vezes encontro no silêncio e na solidão. Na gratidão e na pequenez. Quando eu pensava que tudo isso era simples tristeza...como estava enganada. Era tudo uma grande graça (como tudo o deve ser na vida). Quando eu pensava que tudo isso era vazio...estava enganada. Tudo isso era riqueza.

Quanto mais não fosse...riqueza artística.


p.s. - pois é...nem de propósito. O meu texto antes publicado (7 anos, uma relação) sortiu o seu efeito e perseguiu-me na minha viagem de sete dias a Espanha (mais propriamente a Loyola e Xavier), a Caravana (o meu grande agradecimento pessoal a todos os que nela participaram). Qual não é o meu espanto ao verificar que o número do corredor em ficámos hospedados numa casa de jesuítas em Xavier era o número 70, e que todas as divisões do mesmo corredor possuíam o mesmo número (7) na sua contagem. Lembro especialmente a cozinha - divisão 77. Estes foram os sinais mais evidentes do 7...apesar de muitos mais se terem manifestado.

3 comentários:

Rita Gomes disse...

Deus consegue preenchernos, basta querer verdadeiramente encontrar-nos com ele, tal como somente uma mente aberta recebe sabedoria.
P.S- tbm tenho um número especial que por acso é o 8. Um dia dxtx explikot pk =)))

Rita Gomes disse...

A solidão(de mãos dadas com o silêncio) é, sem dúvida um óptimo caminho para nos encontrarmos com Deus e connosco mesmos...

Rita Gomes disse...

Na vida além de todos os seres humanos procurarem equílibrio, procuram ser levados a sério para encontrarem o seu verdadeiro lugar no mundo.