julho 01, 2008

7 anos, uma relação

Não me lembro de quando o número 7 passou a ser especial para mim, não me lembro de quando assumiu o estatuto que agora tem... mas lembro-me sim, desde sempre, que este estava para mim associado a boa sorte, essencialmente. No entanto, para dizer a verdade... não sei se alguma vez me trouxe "a mais pequenina esmola do destino"...
Com a adolescência veio o fazer do número 7 como que uma marca da personalidade: embora com muita teimosia, lá consegui, ao longo de mais de um ano, concretizar o projecto dos 7 furos na orelha direita. E para quem acha isto demais, declaro que se tivesse muitas mais orelhas, muitos mais furos faria... que querem? Sai mais barata esta pancada do que a de comprar roupa cara ou coleccionar carros, por exemplo. Não, não sou uma pessoa de grandes superstições... no entanto, o 7 foi aquele número com o qual me identifiquei - como se escolhesse um número, uma camisola para jogar.

Porém, há alguns dias, deparei-me com uma curiosidade interessante acerca do meu querido número.
Falava com a esposa do meu padrinho sobre relações, um pouco na base da "indirecta" - falávamos ambas daquele assunto sem propriamente o acusar. Achei que a relação deles já havia visto melhores dias... até porque todas as relações já tiveram melhores dias (refiro-me às relações a dois). Veio-me à memória, num repente, uma frase que a tia F. tinha dito uma vez: quem passa 7 anos de casamento, também passa o resto - sabedoria popular, pensei eu. S. corrigiu-me - não é sabedoria popular, é mesmo verdade.
A irmã de S. é psicóloga, ela própria lho havia já dito: de 7 em 7 anos, todas as relações sofrem grandes abalos, grandes perturbações. "Não tinha pensado nisso, que vocês já tinham passado os 7 anos", disse-lhe (o tempo corre mesmo depressa). "Pois, passámos há pouco. Mas já passámos", disse S., com cara de "custou, mas já cá estamos".
7 anos. Não será já uma grande vitória?
Parto amanhã numa viagem de 7 dias, da qual espero aqui dar notícias mais tarde...neste mês de Julho (7). Indício trágico?
Não percebo. 7. Pudera passar 7 dias seguidos na minha vida com sucesso. Pudera construir uma relação de 7 meses. Será de manter este 7 (azarado) como que uma espécie de amuleto? Será dos malditos furos na orelha?
Ou será dos (1)7 anos?

Vou por momentos pôr a hipótese de este azar constante estar associado às pessoas que me rodeiam...prefiro assim.

7 comentários:

Anónimo disse...

Sabes o teu 7 entrou-te na vida pelo que lembro quando eu andava no 10º...na altura das cartas ao S.

na altura em k fost a lx e "roubast" um dos meus trevos d 4 folhas...nessa altura o 7 e os trevos tinham entrado na tua vida ah relativamente pouco tempo...mas ja lhes tinhas muito carinho...nessa altura entrou tb o roxo...de la para ca entrou mais alguma coisa?


o meu eh o 33...33 numero do caic...33 numero k calço...33 o numero k sai smpre na roleta knd alguem conhcido la vai...33 os minuots k tinham passado knd a espanha marcou o golo da vitoria do euro 2008...00:33 hora em k acontece smpr alguma coisa...33...


nao considero o meu 33 numero de azar...veras a sorte no teu 7, e saberas que eh dele que vem, um dia :)

gosto de ti menina que apanhava milhetas flores por dia, que acreditava nas estorias fantasticas, menina da franja a tapar os olhos, menina do beicinho knd chora...minha menina, gosto de ti

David Pimenta disse...

Eu adorei Inês *.*
Parabéns.
Achei bastante interessante este texto (:

Anónimo disse...

Sempre tiveste jeito para escrever minha Pucca :')

Adorei ler *.*

Anónimo disse...

Como já te disse antes, este texto que foge á tua "maneira de escrever" mais habitual. Porém, mesmo diferente do que estou habituada a ler, não se torna desinteressante, pelo contrário, ADOREI!
O teu 7, mais tarde ou mais cedo vai dar de si e aí vais perceber porque o escolheste. Só por bons motivos, verás!
Inês, nunca deixes para trás este teu dom fantástico!

Parabéns!

Anónimo disse...

Muito jeito para as palavras,para manipulá-las(no bom sentido da palavra), da maneira que mais te apraz.Este texto está bastante bom,embora ache que podes retirar mais "sumo" da tua habilidade natural para a escrita.Nota-se que o teu caminho há-de passar por aqui,ou lá perto;não ligues muito a críticas,especialmente de malta baixa com fraca capacidade intelectual...

Rita Gomes disse...

Há dias que sopram os dias que vão, há dias perdidos e outros sem fim... Nesses dias a q chamamos viver, o 7 surpreender-te-á. Gostei do tom confessional do texto =)))

Anónimo disse...

Nem sei o que dizer, depois de perceber que aquele texto (Saudades que matam) era para mim, não consegui conter as lágrimas. O meu coração encheu-se de orgulho por seres quem és e por representares tanto para a minha vida e vergonha por nem sempre conseguir corresponder às tuas espectativas...O que te digo minha amiga não é fácil mas é isso que mais me agrada em ti, essa tua insatisfação.
Mesmo já tendo passado algum tempo desde o dia em que escreveste o texto acho que o sentimento continua a ser o mesmo...saudade...muita saudade, uma saudade que me consome todos os dias, que me faz não te querer partilhar com ninguém, querer-te sempre perto de mim...Sabes do que mais sinto saudades, de chorar contigo, faz-me falta essa cumplicidade, esse à vontade, esse amor, um amor que infelizmente já não se vê todos os dias e do qual me orgulho muito porque apesar de poder ser algo que passa despercebido existe...
Beijo J